quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Descarregando as pedras

No momento em que Marta convidou Jesus e os discípulos para ficarem em sua casa durante a jornada para Jerusalém, eles aceitaram sua amável hospitalidade. Marta continuou com seus presumidos afazeres – deixando tudo confortável para que todos pudessem adorar a Deus.
Ela demonstrou sua devoção dando o que tinha de melhor. O presente do seu trabalho.
Logo, Marta descobriu que até mesmo as carroças bem-vindas podem se tornar pesadas
Jesus veio a terra e imediatamente derrubou a carroça de regras e regulamentos dos judeus.
“Ai de vós também, doutores da lei, que carregais os homens com cargas difíceis de transportar, e vós mesmos nem ainda com um de vossos dedos tocais essas cargas!” (Lc. 11:46).
Para os desamparados que estão sob o peso da Lei, Cristo se tornou um “carregador de cargas”: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt. 11:28).
Foi o que Jesus disse a Marta naquela tarde agitada. “ Estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária”.
Gostaria de saber o que Marta fez então. Talvez tenha dado depressa alguma desculpa: o jantar, seu avental, seu cabelo. Talvez ela tenha se retirado como alguém que recebe uma repreensão. Ou, quem sabe, quando parou ali e contemplou os olhos do Mestre, tenha dobrado os joelhos e começado a ouvir.
O desfecho dessa história particular não foi descrito. Talvez seja para nos dar a oportunidade de escolher a nossa própria resposta.
O que faríamos se soubéssemos que perdemos a melhor parte preparada por Deus para nós?
Dobraríamos os joelhos ou voltaríamos para nossa rotina?
Daríamos desculpas esfarrapadas ou teríamos um coração humilde?
Somente quando Marta abandonou a extensa lista de obrigações e começou a fazer a única coisa necessária é que começou a dar a Deus o que realmente Ele desejava.